quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Em busca da Identidade Real

Desejo retomar o filme Como Estrelas na Terra, exaltando mais um ensinamento que me marcou!

O filme, em alguns momentos, questiona-nos quanto ao fato de necessitarmos estudar muito para que possamos competir e vencer no dia-a-dia caótico do mundo capitalista... Hoje em dia quem não estudar não conseguirá ir muito longe, no entanto, algumas exceções devem ser adicionadas.

O professor de Ishaan, personagem responsável por quebrar com essa cultura no filme, elenca uma exceção extremamente oportuna atualmente: como permitir que os padrões seletivos de uma sociedade que teve em seu bojo uma declaração de liberdade, igualdade e fraternidade, possam excluir e discriminar indivíduos que sejam considerados inaptos à mesma? Essa é uma pergunta que deveríamos nos fazer antes de aceitarmos (da mídia), seguirmos (na internet), repetirmos (atitudes), cantarmos (músicas), assistirmos (programas), ou divulgarmos idéias e projetos pouco saudáveis da atualidade... O quanto antes nos questionarmos, mais rapidamente remontaremos nossa personalidade, que perdida está ou ficará...

Mas, por que nossa identidade está perdida? A resposta é simples: queremos ser pessoas únicas, autênticas, mas repetimos o que passa na TV, o que está em alta no Facebook, ou lutamos pelos primeiros lugares no trabalho, na escola...  Tudo com o objetivo único de satisfazermos a necessidade (muitas vezes apenas reproduzida por nós, mas que não faz parte de noss Eu) de sermos competitivos para sobrevivermos ao mundo. Como podemos afirmar que o que fazemos é nosso se estamos sempre a repetir algo já criado, a seguir o que a mídia divulga, a aceitar o que os costumes impõem. Enfim, a permitir que a sociedade pouco organizada, egóica e ególatra guie nossas atitudes? 

Existe uma onda no inconsciente coletivo atual que àquele que é diferente do comum (não do normal porque este é relativo) deve ser rechaçado e escanteado, excluído da mesma forma que os leprosos eram levados para longe dos centros urbanizados na época de Jesus. Como podemos ainda manter atitude como essa 2000 anos depois da vinda do Cristo? Temos preconceito daqueles que são diferentes, quando ser diferente é o ideal, todos deveríamos sentir-nos diferentes um dos outros e assim exaltarmos nossas individualidades em conjunto, formando uma coletividade cooperante entre si!

Estamos diante de uma multidão e não conseguimos agir com liberdade. Por quê? O que nos trava tanto? Por que devemos beber quando todos bebem? Por que não conseguimos ir para direita quando todos vão para a esquerda? Devemos lutar contra esses comportamentos primitivos que ainda vigoram em nosso ser...

Você já se perguntou se você tem algum grau de dislexia? Ou hiperatividade? Ou déficit de atenção? E se você ficasse sabendo disso agora? E se todos ficassem sabendo disso? Você teria vergonha? Ou exaltaria e lutaria em prol de sua identidade? Devemos acordar nossa humanidade que dorme diante do preconceito, que segue padrões impostos pela ignorância. Essa ignorância (mal da humanidade) que quando unida com o orgulho enclausura o homem no seu poço de vergonha sem saída. Lutemos contra essa chaga que ainda encarcera a humanidade. Busquemos a luz do evangelho do Mestre Galileu, busquemos o fim dos preconceitos, exaltemos a identidade real que temos sem medo de repressão. E assim aproximaremo-nos do nosso Eu real, com menos máscaras e mais liberdade.

Trabalhemos em prol do amor ao próximo como a nós mesmo, como falou-nos Jesus, levemos amor para àqueles que desconhecemos, entendamos àqueles que nos caluniam, tenhamos compaixão daqueles que ainda não acordaram da ignorância e insistem em revidar, reagir e manter-se na sombra de seus conflitos. Porque eles, um dia, também acordarão! 

Muita Paz e Amor para todos

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