sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Agradecendo à Vida

A algum tempo senti a necessidade de falar da alegria de viver e da vida como uma alegria constante. A algum tempo venho notando que devo ser grato eternamente pela oportunidade que tenho de estar vivo, de ter um corpo saudável, de ter força para lutar e estímulo para aprender, de ter sentidos plenos, de andar, correr, pular e dançar sem maiores problemas. Devo essa gratidão ao nosso Grande Pai, sempre muito caridoso e paciente, que deu-me mais essa oportunidade depois de tantos fracassos e erros bárbaros em reencarnações passadas.

Aprendi a ver também que nossa vida está permeada de momentos felizes nos quais podemos vislumbrar a beleza da vida. Augusto Cury já dizia que devemos dar importância às pequenas coisas, às pessoas mais simples, às atitudes mais singelas e relembrando a parábola do óbulo da viúva, devemos ver os trabalhos mais esquecidos como reais oportunidades de crescimento. Tudo aquilo que acontece conosco, todas as privações, obstáculos, perdas, alegrias, momentos de festa, de entusiasmo, como também o ato de observar uma borboleta, de varrer uma casa, de visitar uma pessoa idosa conhecida sua que você sempre passa na frente da casa mas nunca entra, são todos atos grandiosos, dos quais podemos aprender muito, crescer internamente, conhecer-nos mais, evoluir enfim! E, por isso, devemos render graças ao nosso generoso Pai por Sermos e Vivermos nessa Alegria.

Diante de toda essa energia que me rodeava, cheguei a uma palestra espírita e recebi um jornalzinho e a mensagem da capa era nada menos que um texto do livro Psicologia da Gratidão do Espírito Joanna de Ângelis, psicografado por Divaldo P. Franco. Fiquei maravilhado, o texto tocou-me a alma, senti um arrepio instantâneo e não exitei, comprei o livro e iniciei sua leitura!

Joanna traz-nos uma nova visão sobre a gratidão, que vai muito além do reconhecimento puro e simples com uma recompensa habitual na nossa sociedade. Quando se pensa em ser grato à alguém logo se pensa em retribuir com algo àquele que nos ajudou, o que não passa de mais um imediatismo fruto dessa cultura simplista, vaga e sem conteúdos psicoterapêuticos. 

A autora chama-nos ao estudo e a prática da gratidão como "um sentimento mais profundo e significativo". E, a partir desse sentimento que nasce no interior de nosso ser e agiganta-se em nossas atitudes com dádivas de alegria e paz. Ela faz uma comparação com a natureza que me ajudou a iniciar o entendimento desse sentimento profundo:
"Quando observamos uma rosa exteriorizando perfume carreado pela brisa, deparamo-nos com a gratidão do vegetal que transformou húmus e água em aroma delicado.
De igual maneira, o Sol, que responde pela preservação do milagre da vida em múltiplas manifestações, oscula o charco sem assimilar-lhe os odores pútridos e acaricia as pétalas das flores sem tomar-lhes o aroma agradável. Essa é a sua forma de agradecer a própria finalidade para a qual foi criado...
Quando o espírito alcança o objetivo do seu significado imortal e entende-o com discernimento lúcido, abençoa tudo e todos, agradecendo-lhe a oportunidade por fazer parte do seu conglomerado."
Depois de ler esses parágrafos comecei a entender melhor o objetivo da autora, mas ainda temos muito a aprender, tanto nas letras como na vida. A nossa atitude de agradecimento terrena ainda muito parca e simbólica deve perder lugar para o sentimento real de gratidão a tudo e todos. Essa é mais uma meta para o nosso espírito de hoje em diante. 

Muito Obrigado nosso Pai pela arte de ler e capacidade de ouvir-te, mesmo que fracamente ainda, mas de já rejubilar-me com o pouco que consigo entender!

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