domingo, 8 de novembro de 2015

Complexidade do mundo, ignorância do homem

"Não existe complexidade no mundo, existe ignorância no homem."
Augusto Queiroz de Macedo

A ignorância do ser humano é um fato e é isso que torna as coisas complexas. Buscamos respostas em caminhos sem respostas, apenas isso. Nos esquivamos da realidade simples, na nossa frente, muitas vezes pelo fato de que desvendá-la nos obrigaria a realizar mudanças muito indesejadas. Então nos felicitamos em brincar com o remedio amargo agora, ao invés de realmente provar o gosto da dificuldade agora e sorrir depois. Adiamos a dor e divulgamos nosso atestado de ignorância diante da simplicidade do mundo, ou melhor, de Deus!

segunda-feira, 2 de novembro de 2015

Les Miserables - Um livro, um filme, um exemplo!



Filme no estilo musical. Simplesmente maravilhoso! Quase todas as falas ocorrem por meio de músicas e rimas. A música é utilizada para expressar o sentimento, pensamento e atitudes.

O filme mostra a jornada de um homem do total sentimento de ódio pela vida e por todos ao encontro do amor mais puro após o contato com um padre que o acolhe e compreende. O padre é o início, como representante de Deus dá mostras da divina força do amor através da renúncia aos bens materiais e da valorização do que cada um de nós temos internamente não importando nossa situação atual. E o fim não existe, apenas a continuidade, porque amor é um contínuo de plantações e colheitas.

O desejo de um homem de reaver o seu passado odioso e de retribuir ao máximo as graças recebidas o torna um digno líder onde se encontra. Inspirado e inspirador de vidas Jean Valjean é a expressão de todos nós seres humanos que já falimos no passado, nos inspiremos nele e reiniciemos nossa vida de agora em diante, reescrevamos nossa história com palavras de amor e renúncia. O peso do fardo nos ensinou a se esforçar, agora ofereçamos essa força aos demais, carreguemos os fardos alheios e com mostras de renúncia mútua transformaremos a nossa Terra no tão sonhado Reino dos Céus.





quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

O Ecossistema Humano

Alguém já parou pra pensar em quantas pessoas dão ou deram suporte a nossa vida para sermos o que somos hoje? Quantas pessoas diretamente? Podemos pensar em alguém criado pelos pais, com pessoas que trabalhem em sua casa cozinhando, limpando e lavando suas roupas, com professores que educaram seu intelecto, familiares com os quais conviveu durante sua vida, seus amigos que o ajudaram nos momentos difíceis e sorriram com ele nos momentos alegres. 
Apesar dessas pessoas estarem diretamente ligadas a nós, não podemos esquecer de todas que indiretamente permitiram que vivêssemos. Nesse exato momento, para utilizarmos esse computador, milhares senão milhões de pessoas participaram de sua confecção, desde a mais simples peça de metal até todo o sistema web que utilizamos sem nos percebermos. 

E então pensamos precipitadamente: "Será que devo para todas essas pessoas?! Não pode ser, elas já receberam sua recompensa!". Mas, na realidade, devemos sim a todo esse ecossistema humano, denominação copiada da biologia e adequada para o sistema de trocas no qual estamos inseridos. Por exemplo, se estivermos enfermos e a empresa produtora de medicamentos fechar por falta de trabalhadores, nós sofreremos as consequências de alguma maneira; se precisarmos de um alimento urgentemente e a venda mais próxima de nossa casa fechar, também sofreremos. 


Somos parte e devemos gratidão a esse ecossistema humano. Essa gratidão deve se fazer presente em nossas atitudes diariamente, quando nos depararmos com qualquer pessoa, porque sem ela, em alguma parte o sistema sofrerá a sua falta. Abstendo-se do egoísmo de pensarmos apenas no nosso sofrimento, ajamos para manter o sub-sistema dos outros também saudável, porque assim estaremos agradecendo diretamente a Deus, colaborando com a sua obra.

Por fim, esse ecossistema pode ser visto como toda a natureza e para tanto, adicionamos aos seres humanos também o reino animal, vegetal e mineral. E assim, nossas atitudes de manutenção, de carinho, de afeto, consolo para com todos os seres serão em toda sua profundidade, gratidão à Deus. 
Sejamos Fraternidade e agradeçamos pelo alimento, pela sombra das árvores, pela pedra que alicerçou nossa casa, pelo trabalho do caminhoneiro que trouxe o alimento para o supermercado que compramos, etc, sem esquecer do divino Mestre Jesus que a tudo observa e governa mantendo firmes nossas esperanças de um futuro no qual reinará plenamente a fraternidade universal.

Muita Paz!

Resignados, Oremos

Olá caros leitores, estou de volta com um estudo dessa mensagem gloriosa presente no livro Cartas e Crônicas, de Humberto de Campos por Chico Xavier. Aqui apresento um vídeo relatando a história e algumas interpretações também extraídas da leitura do livro Ceifa de Luz, série Fonte Viva, de Emmanuel também por Chico Xavier.


Vários ensinamentos podem ser extraídos dessa crônica, partindo da fala da narradora todos devemos pedir e esperar com paciência e humildade a resposta dos céus, ou seja, a vontade de Deus. E podemos perceber que a humildade de esperar, gera resignação, pois as árvores aceitaram oo seu destino mesmo que cruel de início, mas glorioso ao término.
Lendo o capítulo 44 do livro Ceifa de Luz, de título Oraremos, vemos a seguinte citação do Evangelho de João:


“E esta é a confiança que temos para ele, que, se pedirmos alguma coisa segundo a sua vontade, ele nos ouve.”  – JOÃO. (I João, 5:14.)

E Emmanuel com sua profundidade interpretativa conduz-nos ao entendimento de que ao orarmos expondo as nossas dificuldades, devemos pedir paz e forças para realizar aquilo que temos que realizar, mas peçamos primordialmente o entendimento necessário para que nos resignemos diante dos obstáculos da vida. E caso assim o façamos nossos pedidos serão ouvidos. 
Ele argumenta que encarnados, cheios de limitações, principalmente com relação às vidas passadas, não podemos querer compreender mais do que Deus que a tudo vê e tudo conhece.  Muitas vezes, nos vendo como enfermos, pedimos a cura na forma de um remédio milagroso, no entanto, a cura vêm através de um tratamento de longo prazo requerendo-nos disciplina, paciência e humildade diante da lei divina, e ao término estaremos curados não só do corpo, mas também da alma.

Podemos ver que em ambos os textos o grande ensinamento está na resignação diante da vontade de Deus, que traduz-se nas coisas que acontecem em nossa vida e que nós não podemos mudar. Aquelas que podemos mudar devem ser modificadas, caso contrário cairemos no erro da negligência ou do ócio. Então, busquemos essa compreensão dos desígnios divinos, estudemos e trabalhemos no bem, angariando experiências e vivências que nos trarão cada vez mais o esclarecimento de que o sofrimento e as dificuldades da vida existem para o nosso aprendizado e evolução espiritual.

terça-feira, 27 de março de 2012

Evangelho de Jesus e o Espiritismo

Caros irmãos de Jornada, Muita Paz.

Quanta luz em livro tão singelo. O Evangelho Segundo o Espiritismo escrito a mais de 150 anos, faz parte de nossa vidas desde que nascemos, e sempre conseguiu tocar nossos corações. Acabamos de ler o capítulo 2 do mesmo e estamos aqui cheios de esperança e força para lutar.
O capítulo coloca o Espiritismo como a luz que faltava para clarear os ensinamentos do Cristo, a luz que veio expandir nossa consciência para uma vida infinita. Veio mostrar-nos que essa encarnação não é nada mais que um simples elo na grandiosidade da existência imortal, que nós temos objetivos muito maiores do que aqueles propostos pela vida material, que a fraternidade é um destes objetivos pois ao consideramos a possibilidade de vivermos antes e depois, possuímos histórias e somos chamados a organizá-las, reatar laços, fortalecer antigas companhias. Somos chamados a ver o mundo e seus obstáculos e problemas do alto de uma montanha, distante de tudo, onde tudo parece pequeno demais para nos amedrontar...
Quão pequena é uma existência diante da imensidão do cosmos, diante da vida eterna que Jesus nos propôs desde àquela época ao dizer: "Meu reino não é deste mundo". 
O Espiritismo é bálsamo tranquilizante que alarga e embasa nossa fé num futuro mais ditoso, mais belo, mais caridoso e pacífico. Um futuro que a todos pertence sem exceções porque é uma lei natural, para o qual rumamos e alcançaremos algum dia, sem dúvida. Basta que sigamos as correntes de amor que pairam pelo mundo, sintonizemos com o caminho do bem, do trabalho para o próximo, do amor para com os outros, todos, com a compreensão dos nossos erros e dos erros dos outros, fujamos da ignorância, pois ela levou Jesus á crucificação, porque não podemos ser vítimas dela também? E, assim, tranquilizemos nossos corações e fortaleçamos nossa fé, trabalhando no bem na busca do tão esperado e belo reino de Deus que a nós foi legado desde sempre.
Sintamos um pouco desse amor que o Evangelho Segundo o Espiritismo vem trazer-nos, permitamo-nos ler as páginas desse livro atemporal, desse verdadeiro tratado de amor para com todos, permitamos sentir cada palavra, cada argumento e tentemos colocar os ensinamentos em nossas vidas, traduzindo-os em ações valiosas para o nosso engrandecimento moral. Sejamos àqueles a entender a mensagem e repassar na forma de exemplos de vida, com mais alegria e felicidade por vivermos aqui, por termos a oportunidade de revisar tudo aquilo que infligimos diante da consciência cósmica.  

Muita Alegria meus irmãos e Muita Paz em seus corações!

domingo, 26 de fevereiro de 2012

À Psicologia da Gratidão somos gratos


Meus Amigos, jubilosos retomamos essa atividade de escrita e divulgação do belo, da alegria de viver, do vir a ser que nos inspira e nos motiva a viver!

Terminamos a leitura do livro Psicologia da Gratidão, do Espírito Joanna de Ângellis pelo médium Divaldo P. Franco, estamos radiantes de felicidade! Nunca havíamos lido livro tão inspirador de esperança e paz interior. 

Trata-se de um livro particularmente bonito, na cor rosa, com flores que se espalham por toda a leitura, a imagem da capa com um rosto feminino leva-nos a transceder o ideal de beleza terreno para expressões mais sutis e felizes. O vocabulário bastante rebuscado da autora pode ser visto também como uma chamada ao estudo constante, à evolução contínua, como também a algo mais subjetivo que seria uma relação entre a linguagem e a beleza da perfeição, do espírito purificado e pleno, ambos possuem forma e conteúdos complexos e profundos. 

Acerca do conteúdo faltam-nos palavras e sobram emoções. O objetivo primeiro do livro é situar a gratidão como uma virtude elevada, da mesma forma que o amor, a bondade, a serenidade o são. A gratidão é vista sobre vários aspectos e em vários momentos da vida, nos mais diferentes estágios da evolução psicológica. O ato de ser grato ganha novas significações para o leitor, que ao entender o seu poder passa a tentar vivenciá-lo no seu dia-a-dia, seguindo dicas da própria autora que exalta a ternura e a solidariedade como expressões diretas dessa virtude excelsa e "filha dileta do amor pleno". 

Em alguns momentos da leitura, nos quais o leitor encontra-se em total contato com o livro, imerso em sua graciosidade, energias flutuam e modificam a atmosfera em que se encontra e um clima de paz permeia o ambiente. Após a leitura, uma expressão de alegria surge no rosto, uma serenidade incomum acalma nossas decisões, que são tomadas sem o ímpeto dos instintos dominadores, mas com a calma do ser que busca a sapiência. Associando a leitura com músicas de meditação, instrumentais calmas, o espírito parece flutuar enquanto ler, pisando em palavras que deslizam do livro para a realidade terrena acelerando a jornada ascensional do espírito imortal.

Joanna de Ângellis procura em seus textos sempre mostrar a realidade terrena em sua verdade espiritual, com base na moral do Cristo, utilizando conceitos da psicologia atual que caminha para a transcendência da vida material em busca de explicações que apenas a crença na imortalidade poderá conceder. Ela busca aplicar a gratidão em todos os momentos da vida terrena, na família, no trabalho, nas relações sociais expondo a beleza das relações, incitando-nos à alegria por estarmos vivos, reencarnados, mostra-nos como cada pequena ação nossa tem infinitos precedentes que permitiram que a realizássemos e infinitos consequentes que dela serão decorrentes.

Somos herdeiros do Pai, criador de tudo e de todos, e dele temos um pouco em cada um de nós, somos frutos do Amor dEle e devemos revelar esse Amor em cada um de nós. Basta que observemos a natureza, suas leis que sempre se regulam, seu equilíbrio eterno, tudo criação e automatismo que emana do Pai. Devemos nos ver também como filhos ditosos dEle, filhos que rumam à perfeição, ao inevitável destino de de tudo e de todos, a plenitude! 

Por isso, meus amigos, iniciemos nossa jornada de busca interior desde já. Meditemos acerca de nossas metas, fujamos do materialismo que corrompe a humanidade a séculos e alcança seu auge nos dias atuais, expressemos nossa gratidão para com todos, seres animados e inanimados. Exercitemos a gratulação para com as plantas que permitem que respiremos o oxigênio tão necessário. Sejamos gratos ao nosso corpo que trabalha durante toda a nossa encarnação buscando manter-nos vivos, lutando contra nossas próprias enfermidades. Mantenhamos emoções equilibradas e uma alimentação saudável para que nossas células possam, também gratas por estarem ao nosso lado, retribuir em sua plenitude com seu trabalho de manutenção da vida. E, tenhamos olhos para o futuro, vendo o sofrimento como porta para a perfeição, como oportunidade de engrandecimento moral, de aprendizado infinito, entendamos a nossa dor, física ou moral, aprendamos com ela para vivermos melhor e sejamos gratos por estarmos passando por momentos difíceis, pois eles são dádivas divinas do Criador, com suas leis perfeitas, a nos compreender sempre. 

Trabalhemos meus irmãos, busquemos ofertar à vida a gratidão pela oportunidade de sermos espíritos imortais, laborando sem cessar e incansavelmente na vinha do Cristo que está no leme, sem cessar desde o início dos tempos. Sejamos luz por onde passarmos, deixemos as nossas pegadas como exemplos de amor à Deus, através da gratidão para com a criação, amor ao próximo, através da gratidão aos seres, e para conosco mesmos, através da gratidão à vida.

Que a gratidão que irradia de nossos corações possa alcançar a cada um que por aqui passar.
Muita Paz! 

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Em busca da Identidade Real

Desejo retomar o filme Como Estrelas na Terra, exaltando mais um ensinamento que me marcou!

O filme, em alguns momentos, questiona-nos quanto ao fato de necessitarmos estudar muito para que possamos competir e vencer no dia-a-dia caótico do mundo capitalista... Hoje em dia quem não estudar não conseguirá ir muito longe, no entanto, algumas exceções devem ser adicionadas.

O professor de Ishaan, personagem responsável por quebrar com essa cultura no filme, elenca uma exceção extremamente oportuna atualmente: como permitir que os padrões seletivos de uma sociedade que teve em seu bojo uma declaração de liberdade, igualdade e fraternidade, possam excluir e discriminar indivíduos que sejam considerados inaptos à mesma? Essa é uma pergunta que deveríamos nos fazer antes de aceitarmos (da mídia), seguirmos (na internet), repetirmos (atitudes), cantarmos (músicas), assistirmos (programas), ou divulgarmos idéias e projetos pouco saudáveis da atualidade... O quanto antes nos questionarmos, mais rapidamente remontaremos nossa personalidade, que perdida está ou ficará...

Mas, por que nossa identidade está perdida? A resposta é simples: queremos ser pessoas únicas, autênticas, mas repetimos o que passa na TV, o que está em alta no Facebook, ou lutamos pelos primeiros lugares no trabalho, na escola...  Tudo com o objetivo único de satisfazermos a necessidade (muitas vezes apenas reproduzida por nós, mas que não faz parte de noss Eu) de sermos competitivos para sobrevivermos ao mundo. Como podemos afirmar que o que fazemos é nosso se estamos sempre a repetir algo já criado, a seguir o que a mídia divulga, a aceitar o que os costumes impõem. Enfim, a permitir que a sociedade pouco organizada, egóica e ególatra guie nossas atitudes? 

Existe uma onda no inconsciente coletivo atual que àquele que é diferente do comum (não do normal porque este é relativo) deve ser rechaçado e escanteado, excluído da mesma forma que os leprosos eram levados para longe dos centros urbanizados na época de Jesus. Como podemos ainda manter atitude como essa 2000 anos depois da vinda do Cristo? Temos preconceito daqueles que são diferentes, quando ser diferente é o ideal, todos deveríamos sentir-nos diferentes um dos outros e assim exaltarmos nossas individualidades em conjunto, formando uma coletividade cooperante entre si!

Estamos diante de uma multidão e não conseguimos agir com liberdade. Por quê? O que nos trava tanto? Por que devemos beber quando todos bebem? Por que não conseguimos ir para direita quando todos vão para a esquerda? Devemos lutar contra esses comportamentos primitivos que ainda vigoram em nosso ser...

Você já se perguntou se você tem algum grau de dislexia? Ou hiperatividade? Ou déficit de atenção? E se você ficasse sabendo disso agora? E se todos ficassem sabendo disso? Você teria vergonha? Ou exaltaria e lutaria em prol de sua identidade? Devemos acordar nossa humanidade que dorme diante do preconceito, que segue padrões impostos pela ignorância. Essa ignorância (mal da humanidade) que quando unida com o orgulho enclausura o homem no seu poço de vergonha sem saída. Lutemos contra essa chaga que ainda encarcera a humanidade. Busquemos a luz do evangelho do Mestre Galileu, busquemos o fim dos preconceitos, exaltemos a identidade real que temos sem medo de repressão. E assim aproximaremo-nos do nosso Eu real, com menos máscaras e mais liberdade.

Trabalhemos em prol do amor ao próximo como a nós mesmo, como falou-nos Jesus, levemos amor para àqueles que desconhecemos, entendamos àqueles que nos caluniam, tenhamos compaixão daqueles que ainda não acordaram da ignorância e insistem em revidar, reagir e manter-se na sombra de seus conflitos. Porque eles, um dia, também acordarão! 

Muita Paz e Amor para todos